O terceiro setor é formado por organizações sem fins lucrativos e normalmente as suas receitas provém de atividades operacionais, parcerias com o setor governamental e doações do setor privado. Pensando nos desafios encontrados no dia a dia das instituições pode-se dizer que diversos fatores interferem diretamente, pois suas rendas são variáveis e dependem muito de doações e captação de recursos enquanto, ao mesmo tempo, as despesas não param de acontecer.

Importante destacar que a concorrência por recursos está cada vez maior. Por isso, é necessário buscar soluções que possam atrair parceiros dispostos a investir no terceiro setor e apresentar de forma transparente as prestações de contas e ações da instituição, a fim de conquistar credibilidade. A dificuldade financeira é uma realidade para muitas organizações filantrópicas e por isso o desejo de alcançar a tão desejada sustentabilidade é um desafio.

Considerando o ramo administrativo e contábil, as entidades funcionam como verdadeiras empresas e para uma gestão eficiente é fundamental contar com alternativas eficazes. Fomentar o diálogo sobre a situação financeira, ter o apoio de bons contadores e principalmente reduzir despesas desnecessárias são pontos fortes.

Outra possibilidade é trabalhar com recursos provenientes de vendas dos produtos da entidade, ações de marketing e eventos. Existem também incentivos fiscais que aprimoraram o processo de captação, dando opções à diversificação das receitas que são essenciais para a geração de recursos, pois o fato de não  depender apenas de fontes específicas trará mais segurança e consequentemente minimizará os riscos de uma possível falência.

Segundo Leandro Oliveira, contabilista e economista formado pela PUC – SP, a organização interna, os objetivos e os recursos disponíveis são os ingredientes fundamentais para que uma instituição sem fins lucrativos tenha sucesso — e, para que esse sucesso seja otimizado, é preciso fazer um planejamento das ações da instituição a longo prazo. Isso possibilita que estratégias alternativas sejam criadas, os principais objetivos sejam priorizados e a organização interna tenha um melhor direcionamento, e pode fazer com que a instituição alcance melhores resultados sociais.

É preciso conhecimento e capacidade estratégica para tocar projetos sem comprometer a qualidade oferecida e também para enfrentar a pressão financeira. No entanto, o planejamento sempre será o primeiro passo para vencer os desafios e alcançar a sustentabilidade.

Por: Gisele Amaral de Santana Rodrigues

Referências: https://capitalsocial.cnt.br